terça-feira, 4 de novembro de 2014

CANCIONEIRO DE COIMBRA, UMA REEDIÇÃO NECESSÁRIA

Coimbra tem inspirado muitos poetas ao longo dos tempos. 
Encontramos versos sobre a cidade em Garcia de Resende, Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Cristóvão Falcão, Sá de Miranda, Luís de Camões, Bocage, Almeida Garrett, Tomás Ribeiro, Teófilo Braga, Antero de Quental, Camilo Pessanha, António Nobre e Afonso Lopes Vieira, para citar apenas alguns.
A Parceria A. M. Pereira editou o «Cancioneiro de Coimbra» em 1917, com direcção de Afonso Lopes Vieira. A obra foi reeditada em 1971 e encontra-se, naturalmente, esgotada.
A sua reedição está nos nossos planos porque uma obra assim faz muita falta às novas gerações e a todos os que viveram ou vivem em Coimbra.
Aqui fica um excerto de António Homem de Melo:

Já na rua da Calçada
Vi uma pedra a chorar
Por tu passares por ela
E fugires de a pisar.

Inês, Senhora das Lágrimas,
Tu choraste tanto, tanto,
Que hoje a Fonte dos Amores
Ainda verte o teu pranto.

Teu seio é uma arrufada
E um manjar branco o teu rosto;
Comê-los todos com beijos
É que era todo o meu gosto.

Meu amor é quintanista,
Quintanista de Direito;
Traz uma pasta na mão,
Mas a mim traz-me no peito.







2 comentários:

  1. Que viveram e vivem em Coimbra, ou em lisboa, ou no Porto, ou na Nazaré ou até mesmo no Bangladesh! :-)

    Venha a reedição amigo J!

    (a quadra da arrufada não é só é um mimo, como um apetite de água na boca!)

    beijinhos
    d

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  2. Muito obrigado, querida amiga.
    Beijinhos.

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